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Princípios da Biologia da Conservação: Diretrizes para o Ensino da Conservação recomendadas pelo Comitê de Educação da Sociedade para a Biologia da Conservação
Vivemos em um mundo onde a diversidade ecológica encontra-se em redução. Extraímos energia, materiais e organismos da natureza e modificamos as paisagens em proporções que não se sustentam. Essas atividades têm resultado em taxas crescentes de extinção, degradação e perda de sistemas naturais nos quais nossas culturas estão inseridas. A Sociedade para a Biologia da Conservação (SCB) acredita que o ensino da conservação é passo necessário para que tais problemas sejam corrigidos. Os objetivos e as metas afirmados pela Sociedade incluem “a educação, em todos os níveis, preparatória e contínua, do público, dos biólogos e dos administradores nos princípios da biologia da conservação”. Quais são estes princípios? Quais são os conceitos e valores centrais que fundamentam a interpretação profissional do campo da biologia da conservação, uma compreensão daquilo que representa o que se poderia chamar de “ensino da conservação”? Apesar do foco ocasional da literatura sobre biologia da conservação em educação (Jacobson & Hardesty 1988; Fleischner 1990; Orr 1992, 1994; Trombulak 1993), não surgiu nenhum consenso acerca de diretrizes essenciais nessa área. Tentamos aqui fornecer uma estrutura para essas diretrizes. Este documento é resultado de um projeto de longo prazo conduzido pelo Comitê de Educação da SCB. Os princípios aqui apresentados derivam do grande quadro de pesquisa em ecologia e em genética, da prática da conservação no século passado e da variedade de perspectivas interdisciplinares emergentes nas ciências sociais. Descrições detalhadas das bases teóricas e empíricas para estas diretrizes foram fornecidas por Meffe and Carroll (1997), Massa e Ingegnoli (1999), García (2002), Primack (2002), e Hunter (2002).
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Objetivamos aqui descrever o cerne do conhecimento que vemos como