Classes sociais
Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito – PPGSD
Teoria Sociológica
Prof. Dr. Luis Carlos Fridman
Prof. Dr. Marcelo Pereira de Mello
1° semestre 2003
Anthony Giddens e As Conseqüências da
Modernidade: uma leitura ambientalista. por Evandro Sathler
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho aborda a obra de Anthony Giddens1, As conseqüências da modernidade, em seus aspectos e reflexões de natureza ambiental (ecológica) e as implicações para a sociedade global contemporânea. Giddens apresenta uma interpretação da modernidade. Argumenta que ainda não vivemos na pós-modernidade, e chama de alta modernidade o período transitório do século XX para o XXI. Sua análise ressalta um conjunto de categorias como a segurança, perigo, confiança e risco para definir a separação entre moderno e pré-moderno, utilizando-se ainda dos conceitos de desencaixe e tempo e espaço na compreensão da própria modernidade. No decorrer da obra Giddens aponta para o risco de catástrofes ecológicas, indicando que o apocalipse é uma possibilidade real.
MODERNIDADE E DESCONTINUIDADE
Para Giddens a
“modernidade” refere-se a estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua
1
GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991
1
influência. Isto associa a modernidade a um período de tempo e a uma localização geográfica inicial. 2
Estilo, costume de vida ou organização social, características iniciais da modernidade na Europa (localização geográfica), sofreram profundas e radicais transformações na alta modernidade.
Um dos principais marcos entre a pré-modernidade e a modernidade foi, por assim dizer num primeiro momento, (i) a migração frenética das populações do campo em direção às cidades (cada vez maiores), em busca de trabalho na crescente indústria; e (ii) num segundo momento, a