Classe c
Mesmo com esta grande quantidade de futuros consumidores da classe C, outro fator importante para manter este público em foco é a ascensão social pela qual eles estão passando. “Uma consumidora da classe C não voltará a dar leite de terceira para o seu filho como era antes”, diz Renato Meirelles, Sócio-diretor do Data Popular. Completam os pilares da confirmação da classe C como uma realidade para os próximos anos o aumento da oferta de crédito e do salário mínimo, assim como os programas de distribuição de renda lançados pelo Governo Federal.
A mudança na pirâmide do consumo afeta também o comportamento de quem compra. Na classe C, a compra não é apenas a troca de dinheiro por um produto ou serviço. “Trata-se da inclusão. Uma compra representa sair das restrições, ter a oportunidade, suprir uma necessidade e obter prazer”, aponta Meirelles.
A diferença deste consumidor para os mais providos de verba não está apenas no seu comportamento ou no seu bolso. O entendimento sobre a comunicação das empresas é distinto. “Esse é o desafio para o Marketing das empresas”, ensina o Sócio-diretor do Data Popular. O perfil da classe C não é difícil de perceber. Pequenos varejos ganham com a confiança mútua dos clientes. Entre os jovens desta classe, a maioria cita a internet como a principal fonte de informação, mais do que a TV aberta.
Perfil de consumo
Outra curiosidade do estudo do Data Popular é que existem mais crianças da classe C matriculadas em colégios particulares do que da classe A. Além disso, entre os mais abastados jovens brasileiros, 10% estudaram mais do que os pais. Já na classe C, esta porcentagem sobre para 68% e mostra que o jovem de baixa renda tem mais influência nas decisões de casa.
A definição da classe C possui os mais variados nomes. Trabalhadora, popular e baixa renda, são as mais usadas. De uma forma geral, o que define uma classe social é o nível de educação, a profissão, o bairro em que mora e o tipo de residência do