Atentos a essa situação, é preciso considerar que o professor, ao refletir sobre a própria prática, converte-se em um pesquisador que produz conhecimentos e colabora para que outros conhecimentos sejam produzidos, num processo contínuo que exige tempo, vontade, maturidade, reflexão, sendo condição essencial ter-se um trabalho coletivo em todo processo ensino-aprendizagem. Tais exigências evidenciam que a efetividade do trabalho docente depende, particularmente, do conjunto de ações adotadas pelo professor, a partir da perspectiva teórico-metodológica por ele assumida, quer implícita, quer explicitamente. Ao preparar a sua aula, o professor se preocupar em rever o conteúdo; organizar uma sequência de explicações, partindo do mais simples para o mais complexo; buscar exemplos práticos para os conceitos que vai apresentar e selecionar exercícios para os estudantes fazerem em sala de aula e em casa. Essas ações do professor não demonstram a efetiva participação do estudante no processo de ensino-aprendizagem, ao contrário, revelam um estudante passivo, pronto a receber os conceitos transmitidos. Isso evidencia falta de compreensão docente acerca de como os conhecimentos científicos são construídos. Essa compreensão é condição fundamental ainda que não suficiente para um Ensino de Ciências eficaz, pois contribui para que o professor procure investigar a própria prática pedagógica, e busque conceitos científicos significativos à promoção da inter-relação Ciência, Tecnologia e Sociedade, tão necessária para que os estudantes desenvolvam uma postura crítica, questionadora e investigativa perante si mesmo e o mundo (BRASIL, 1997). Essa questão evidencia a necessidade de discutirmos como se dá a construção de conceitos, e a forma como se avalia os