Ciências
Répteis
A pele dos répteis é grossa, seca (sem glândulas mucosas) e impermeável, pois apresenta uma camada de células ricas em queratina.
Em vez da pele fina com glândulas produtoras de muco, como nos anfíbios, os répteis possuem uma pele recoberta de escamas (em serpentes e lagartos), placas (em jacarés e crocodilos) ou carapaças (em tartarugas e cágados). Essas estruturas são impermeabilizadas pela queratina.
Os répteis têm mandíbulas mais fortes que as dos anfíbios, com dentes e músculos mais desenvolvidos. Tal característica deve ter favorecido os primeiros répteis na captura de suas presas.
Como a pele dos répteis é impermeabilizada, não ocorrem trocas gasosas por meio dela. Seus pulmões são mais desenvolvidos que os dos anfíbios: eles possuem dobras internas que aumentam a superfície de contato com o ar. Essa superfície aumentada é suficiente para absorver todo o oxigênio de que eles necessitam.
A circulação do sangue nos répteis é semelhante à dos anfíbios: o coração possui dois átrios e um ventrículo parcialmente dividido (crocodilos e jacarés possuem dois ventrículos) e impulsiona o sangue para os pulmões e para o corpo.
Os répteis utilizam menos água que os peixes e anfíbios para eliminar as toxinas do corpo. Por isso, a urina dos répteis é pastosa. Esse tipo de excreção também representa uma adaptação que favoreceu a sobrevivência dos répteis em ambientes terrestres de clima seco, com pouca água disponível.
Outras duas características dos répteis favoreceram a conquista do ambiente terrestre: a fecundação interna e o desenvolvimento do embrião dentro de um ovo com casca.
Na fecundação interna, os espermatozoides não nadam até o óvulo na água do ambiente. Eles são introduzidos no corpo da fêmea, onde encontram os óvulos. Dessa forma, os gametas não correm risco de se desidratar.
O embrião também fica protegido contra a desidratação, porque se desenvolve em um ovo com casca endurecida por sais de cálcio e revestido por