Ciências
Getúlio Vargas estabeleceu 17 metas a serem cumpridas no Governo Provisório (1930-1934), dando início à modernização do Estado brasileiro. Sua estratégia era a construção de um capitalismo “nacional autônomo”, no sentido de desenvolver o país com recursos internos, sem auxílio do capital estrangeiro, numa tentativa de dar sobrevida ao que os teóricos do capitalismo tardio chamam de “industrialização restringida” (BIAGINI, 2014).
Por outro lado, o governo de Juscelino Kubitschek, como estratégia política, estabeleceu o Plano de Metas, que visava a efetivar as relações entre os estados e a economia, em favor do desenvolvimento econômico, articuladamente no que dizia respeito à industrialização, por meio tanto de investimentos nacionais e de estrangeiros. Sua eleição foi marcada pelo plano de ação "50 anos em 5", marca do desenvolvimentismo, já que o ideal era trazer ao Brasil o desenvolvimento econômico e social (SILVA, 2014).
A modernização foi concebida como progresso técnico, o que fez ressaltar a necessidade de uma maior integração da estrutura econômica brasileira com a estrutura econômica mundial; a motivação para tanto era traduzida pela participação crescente das indústrias multinacionais na economia do país (PANDOLFI, 2012). Em resumo, procurou alinhar a economia brasileira à economia a americana. Na teoria era um projeto muito bom, mas na prática não foi tanto, a começar pelo fato de que Juscelino propôs (e fez) empréstimos junto a centros financeiros americanos.
Portanto, verifica-se nas análises do governo de JK e Vargas de que, apesar de constituírem dois Estados distintos, ambos atuaram pautados sob a tutela da “ordem” como fator preponderante à governabilidade, conservando os mesmos pontos de atuação para a sua manutenção estatal nos âmbitos político, social, econômico e cultural. Sendo assim, a manutenção da “ordem” como premissa da governabilidade se fundamentou na legitimidade,