Ciência Política
Os clássicos da política 1
“A desgraça dos que não se interessam por política é serem governados pelos que se interessam.”
“Um exercício de interpretação é sempre um exercício de liberdade.”
“Mais do que uma imagem restrita sobre a política, eles nos oferecem, cada qual a seu modo, uma concepção sobre os indivíduos, a propriedade, a desigualdade, a religião, a moral, etc.”
1. MAQUIAVEL
Livro:
Rousseau, em Do contrato Social: “Maquiavel, fingindo dar lições aos Príncipes, deu grandes lições ao povo”. Maquiavel surge numa Itália fragmentada, e deseja a união para o fortalecimento da nação. Depois que sai da vida pública, ele se exila na terra de seu pai, e ali tem seu período criativo mais intenso, fruto de suas leituras e seu esforço mental. Sua principal obra, “O Príncipe”, destina-se a falar sobre o Estado. Não como ele deveria ser, mas como ele é; como deve ser conquistado e mantido.
Maquiavel traça “uma nova articulação sobre o pensar e o fazer política”, sendo ela o resultado de um feixe de forças proveniente das ações concretas dos cidadãos. Sua obra “fala do poder que todos sentem, mas não conhecem. Porém, para conhecê-lo é preciso suportar a idéia da incerteza, da contingência,...”. Sobre o estudo do passado: “um desfile de fatos dos quais se deve extrair as causas e os meios utilizados para enfrentar o caos resultante da expressão da natureza humana. (...) O poder político tem, pois, uma origem mundana”.
O Estado pode adotar duas formas de governo, segundo a análise de sua situação concreta: o Principado e a República. O governante deveria ter, ou aparentar ter, virtù. Além disso, “(...) o poder, a honra e a glória, típicas tentações mundanas, são bens perseguidos e valorizados. O homem de virtù pode consegui-los e por eles luta”.
Acrescenta ainda que, segundo as palavras de Maria Tereza Sodek, “a qualidade exigida do príncipe que deseja se manter no poder é sobretudo a sabedoria de agir conforme as necessidades.