Civilização dos Hebreus
A principal fonte da história antiga da civilização hebraica é a Bíblia, porém ela não relata fielmente os acontecimentos, pois sua preocupação volta-se muito mais para a unidade e identidade de um povo do que para um acontecimento narrado.
A Bíblia reflete a concepção mitológica dos hebreus. Como mito ela reflete o pensamento de um povo e como documento histórico ela permite acompanhar a evolução dos mitos e a concepção de mundo dos hebreus, fazendo referências a costumes e padrões de comportamento.
As outras fontes históricas são as obras de Flávio Josefo e de Filo, que fornecem informações sobre o período da dispersão dos judeus e de sua adaptação pelo mundo romano. Todas as fontes, porém, devem ser comparadas com os achados arqueológicos.
A Origem dos Hebreus
Segundo Gênesis, Abraão nasceu em Ur, cidade caldéia da Mesopotâmia, e recebeu do Senhor a ordem de abandonar seu povo e se estabelecer na terra de Canaã (terra prometida). Isso teria ocorrido por volta de 2000 a.C. e seus descendentes teriam se multiplicado e formado o povo israelita.
O mito explicativo da origem de um povo, a partir de um ancestral comum, é bastante desenvolvido em sociedades primitivas nômades e pastoris, como a dos primitivos hebreus.
Nesse estágio, os israelitas, portadores de uma economia nômade e pastoril, viviam em clãs (famílias extensas), compostos pelo patriarca de cada clã, o poder e o prestígio eram personificados pelo patriarca, e os laços interclãnicos eram frouxos.
Hoje, temos várias evidências da origem mesopotâmica do povo hebreu, tais como a semelhança entre mitos mesopotâmicos e mitos hebreus (mito do dilúvio, por exemplo) e a semelhança lingüística, pois o hebreu é uma língua de origem semita, pertencente ao mesmo grupo do aramaico e de outras línguas mesopotâmicas.
Teria sido Jacó, mais tarde chamado Israel, o chefe da ocupação da Palestina no século XVII a.C., para uns, ou no século XIV a.C., para outros. Nessa época,