Cité industriale
Em um momento pós Revolução Industrial, surgem novas tecnologias, e novas demandas de espaço e com isso novos conceitos de cidades industriais, opostos à idéia da indústria que surge espremida na cidade pré-existente. Ao conceber seu projeto o arquiteto francês Tony Garnier propõe um novo conceito urbano, e parte do princípio de que a cidade deveria ser autônoma, possuindo indústrias de grande porte e sendo localizada próxima aos recursos que a abasteceriam. Ao optar por setorizar e espalhar a cidade, ele busca um nível de insolação adequada, melhorando as questões de saneamento, algo que nas cidades industriais prévias era deficiente. O grupo visa o estudo das ideias propostas por Garnier, analisando a cidade como uma entidade única e aprofundando na questão da setorização e do traçado urbano linear.
DESENVOLVIMENTO
A concepção da Cité Industrielle acontece pós a reforma de Paris de Haussman e durante o desenvolvimento de um socialismo sindicalista fortemente vivenciado por seu idealizador, Tony Garnier. Natural de Lyon, cidade que era um pólo industrial da metalúrgica, dos têxteis e da construção de navios na França, cresceu em bairro operário e teve sua formação na École dês Beaux-Arts sofrendo grande influência desse meio, que será percebida na concepção da cidade, tanto pelo seu caráter socialista quanto pela sua tendência clássica (FRAMPTON,1997). Garnier, com uma proposta visivelmente progressista, vai desenvolver o projeto em cima de um funcionalismo físico e social. Idealizando uma cidade autônoma e prevendo a necessidade de encontrá-la próxima a fontes naturais de matéria-prima e/ou energia, irá locá-la nas proximidades de minas e de um rio que
servirá como fonte de energia “O afluente está represado; uma usina hidrelétrica distribui energia, luz e calor para as fábricas e para a cidade toda” (GARNIER apud FRAMPTON, 1997, p.117). Fugindo do centralismo renascentista o arquiteto proporá uma setorização linear, estabelecendo zonas