Citoesqueleto
TANIGUCHI, Leandro U. ; CALDINI, Elia G.; VELASCO, Irineu T.; NEGRI, Elnara M. Citoesqueleto e mecanotransdução na fisiopatologia da lesão pulmonar induzida por ventilador. Trabalho realizado no Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP – São Paulo (SP) Brasil.
Gustavo Felipe Ribeiro Assis1
A ventilação mecânica é uma terapia amplamente utilizada na medicina intensiva com a finalidade de fornecer suporte a problemas graves relacionados à ventilação pulmonar. Esta pode causar danos diretos ao pulmão devido à alteração do balanço de fluidos, dano alveolar difuso e aumento da permeabilidade endotelial e epitelial, assim como na síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), e é chamada de lesão pulmonar induzida por ventilador (VILI). Observou-se que, devido à hiperdistensão alveolar, o pulmão inicia um processo inflamatório com infiltrado neutrofílico, formação de membrana hialina, fibrogênese e prejuízo de troca gasosa. Nesse processo, a mecanotransdução da hiperdistensão celular é mediada através do citoesqueleto da célula e de suas interações com a matriz extracelular e com as células vizinhas, de modo que o estímulo mecânico da ventilação se traduz em sinalização bioquímica intracelular, desencadeando ativação endotelial, permeabilidade vascular pulmonar, quimiotaxia leucocitária, produção de citocinas e, possivelmente, lesão de órgãos à distância. Apesar dos estudos nesta área estarem progredindo constantemente são somente realizados a nível celular. Propõe-se o aumento de estudos sobre ventilação mecânica em modelos in vivo para que se possa saber a consequência da mesma sobre as múltiplas interações entre os diversos tipos celulares que compõem o pulmão, isto é, conhecer o impacto sobre um organismo como um todo.
Palavras-chave: Respiração artificial; Citoesqueleto; Moléculas de adesão celular; Aderências focais;
Mecanotransdução celular.