Dom casmurro capitulo V e VI
Se naquela situação José Dias era vagaroso, em outras era ágil, risonho ou grave, conforme melhor se encaixasse na cena.
Ele era agregado da família há muito tempo, quando ainda moravam numa fazenda em Itaguaí. Apresentando-se como médico homeopata, curou alguns escravos de uma febre e foi convidado pelo pai de Bentinho a morar com eles. Quando mudaram-se para o Rio se Janeiro, pela eleição do pai de Bentinho para deputado, José Dias os acompanhou.
Numa nova ocorrência de febre nos escravos de Itaguaí ele recusou-se a atendê-los: assumiu que não era médico, havia mentido, apenas estudara um pouco de homeopatia, mas não poderia continuar a farsa, pediu para ser mandado embora. Mas José Dias já era como alguém da família e o pai de Bentinho não quis dispensá-lo.
Com a morte do pai de Bentinho, José Dias procurou por sua mãe, dizendo que partiria, mas Dona Glória novamente pediu que ele ficasse, e ele ficou. Chegou a receber alguma herança e palavras elogiosas no testamento, que guardava com orgulho.
Às vezes José Dias comentava sobre uma viagem que fizera à Europa, dizia ter amigos em Lisboa, e que só não deixava o Rio de Janeiro pelo apreço que tinha àquela família – que para ele estava abaixo somente de Deus. Com esse papo conquistava a confiança de Dona Glória, que era muito religiosa, e ganhava cada vez mais liberdade para opinar nos assuntos familiares.
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Capítulo 6 – Tio Cosme
Tio Cosme foi viver com a mãe de Bentinho desde que ela enviuvou. Naquela ocasião ele já era viúvo, assim como prima Justina. Advogado, orgulhava-se de seus discursos no foro, onde era sempre acompanhado por José Dias.
O narrador confessa uma curiosa lembrança de seu tio: pelas manhãs, muito gordo, sofria para montar em seu cavalo, e fazia o cavalo sofrer logo em seguida, com todo seu peso.
Bentinho nasceu na roça, mas sempre teve medo de cavalos e nunca montara. Certa