Cistatina do cacau
O cacau (Theobroma Cacao L.) é uma espécie neotropical cultivada em diversos países, devido sua importância econômica é necessário conhecer as estratégias de defesa da planta contra o ataque do patógeno. Deste modo este trabalho teve por objetivo compreender o mecanismo de regulação da atividade das cistatinas, tendo como hipótese o mecanismo de oligomerização como regulador da atividade inibitória.
Fitocistatinas são inibidores de cistéino-preoteases de plantas relacionadas com processos fisiológicos, incluindo PCD, turnover de proteínas, germinação da semente, respostas a insetos, patógenos e estresses abióticos. Quatro fitocistatinas denominadas TcCYS1, TcCYS2, TcCYS3 e TcCYS4 foram identificadas em bibliotecas de cDNA da interação T. cacao-M. perniciosa. Inicialmente, a proteína TcCYS2 foi caracterizada quanto à estabilidade após tratamento térmico, analisando a atividade residual da papaína na presença dos inibidores tratados termicamente por 10 minutos, demonstrando que TcCYS2 é termoestáveis, mas apresentou redução acentuada no potencial inibitório quando tratada entre 60 e 70 °C. Durante a caracterização de TcCYS2 percebeu-se a formação de precipitado, que foi submetido a SDS-PAGE e quantificado pelo software ImageMaster 2D platinum, mostrando que a precipitação influencia no perfil inibitório, porém outros fatores também poderiam estar afetando o potencial inibitório de TcCYS2, pois 65°C é o tratamento que confere o mínimo de atividade inibitória, porém não é o pico de precipitação de TcCYS2.
O processo regulatório da atividade de TcCYS4 foi investigado utilizando tecido jovem de cacau sadio seguido de tratamento térmico. Os extratos foram incubados com resina sefarose-CNBr imobilizada com papaína e analisados por SDS-PAGE e western blot para verificar a redução da capacidade inibitória após tratamento térmico, porém o experimento não foi realizado com