Circuncisão feminina - um ato de devoção as tradições, ou uma violação da mulher?
A circuncisão feminina é praticada em mais de 30 países da África, Oriente Médio, e Sudeste da Ásia e é um costume sócio-cultural que é passado de geração em geração. Os seguidores dessa cultura acreditam que este ato assegura a prevenção da virgindade até o casamento, que a existência do clitóris pode ser prejudicial ao órgão genital masculino e aos bebês, que a mulher não circuncidada não será capaz de dar a luz, que melhora a fertilidade, além de razões de higiene, estética ou saúde. Geralmente as meninas são levadas pelas mães a um local, onde encontram uma parteira que as espera, sem qualquer anestesia ou assepsia, a mulher abre as pernas das garotas - muitas vezes, crianças de menos de dez anos - e corta a região genital com uma faca, lâmina ou até mesmo um pedaço de vidro num procedimento que varia da retirada do clitóris ao corte dos grandes lábios e à infibulação (fechamento parcial do orifício genital). Para nós ocidentais tal tipo de crença é considerada barbara levando em consideração os riscos à saúde dessas meninas e a violação dos direitos humanos. A circuncisão feminina pode causar danos como hemorragia, infecção, danos psicológicos além de trazer outras doenças como tétano, hepatite e até mesmo o vírus do HIV. Há casos como este da mutilação feminina que, deveriam ser reavaliados dentro do contexto cultural dessa região, porém, o que seria tarefa difícil até mesmo porque pessoas que se opuseram a essa prática nessas localidades acabaram sendo alvo de críticas, além de serem acusadas de irem contra as tradições ancestrais, dos valores familiares, tribais, e mesmo de rejeitar seu próprio povo e sua identidade cultural. Por outro lado se nós de outra sociedade interferíssemos nessa cultura e tradição estaríamos tirando o direito de liberdade desse povo. Por isso ao invés de julgar esse determinado ato, devemos incentivar campanhas de informações sobre essa