Cintilografia

Esta revisão tem por finalidade a divulgação sucinta e objetiva das técnicas diagnósticas por imagem mais freqüentemente utilizadas em Medicina Nuclear, sem pretender axaurir os diversos tópicos revisados. Para análise mais aprofundada de cada tópico, é sugerida a leitura dos artigos listados por especialidade nas referências bibliográficas no fim deste texto.
Espera-se que este material possa ser útil na revisão rápida das indicações, da metodologia e da interpretação clínica das diversas técnicas diagnósticas.

Dr. Paulo de Araújo Carvalho

Medicina Nuclear - Como definí-la?

Dentre os métodos diagnósticos por imagem, a Medicina Nuclear (MN) é o único que propicia a avaliação da fisiopatologia de determinado órgão ou sistema. Daí a qualificação de imagem funcional, que deve ser entendida como a possibilidade de documentar-se, com resolução anatômica cada vez mais apropriada, a perfusão sangüínea, a captação, a retenção e a excreção de marcadores radioativos por parte de determinado órgão-alvo.

À semelhança da radiologia convencional (RC) e da tomografia computadorizada por transmissão(TC), os radioisótopos ou radionuclídeos utilizados em MN são emissores de partículas ionizantes, que em vez de serem geradas a partir de fonte externa ao paciente como na RC e na TC, são injetadas endovenosamente e em pequenas doses, de maneira a se concentrar em determinado órgão ou sistema, como por exemplo nas células do sistema macrofágico-fagocítico do fígado (células de Kuppfer). Em outras situações, como na avaliação funcional da tireóide, o radioisótopo é captado e organificado após administração por via oral (por exemplo, iodo - 131). Após a captação do radioisótopo pelo órgão-alvo, fígado e tireóide nos exemplos citados, o paciente é posicionado sob detector de partículas emitidas pelo radioisótopo (a gama-câmera) e obtém-se as imagens cintilográficas.

O que são radioisótopos e radio-fármacos?

Radioisótopos são elementos químicos instáveis que passam