Cientista Politica
O objetivo deste trabalho é tecer reflexões sobre a concepção de esfera política e Estado para dois autores clássicos das ciências sociais: Karl Marx e Max Weber na modernidade. Para isso, faz-se necessário um direcionamento introdutório definindo e caracterizando este período referido para que seja possível compreender o espaço e o tempo no qual tais autores se localizavam para produzir seus escritos.
Marx, Weber e Durkheim se ocuparam em suas reflexões sobre as transformações vivenciadas pela Europa na constituição dos Estados modernos, que tem em seu bojo de formação a própria estruturação do capitalismo enquanto sistema político econômico cultural e social. Não há dúvidas acerca da relevante contribuição desses autores para a compreensão do Estado moderno, mesmo que nem todos tenham se desdobrado sistematicamente para a produção de uma obra direcionada a este objetivo. No entanto, todos eles se preocuparam por quem os Estados eram gerenciados e os conflitos estabelecidos, o que tem grande valor para o campo da ciência política. A partir dos pressupostos de suas análises será possível perceber a ênfase dada pelos dois clássicos, Marx e Weber, que irão ser objetos de análise desse estudo- a face que cada um iluminou da esfera política.
Antony Guiddens em As consequências da Modernidade, afirma que modernidade se refere a “um estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua influência”. Em seguida, ele aponta que essa definição remete a um período de tempo e uma localização geográfica inicial, o que é salutar para o objetivo desse trabalho: apontar as aproximações e afastamentos das ideias e pressupostos em Marx e Weber sobre as novas relações entre a sociedade e a esfera política, o Estado cunhado na modernidade, diante das transformações vivenciadas pelas sociedades analisadas pelos mesmos.
O Estado e suas instituições não é uma