Ciencia e politica
ISSN 1983-3946
RESENHA
Ciência e Política: o conflito dessas duas vocações modernas aos olhos de Max Weber*
Marcello Soares Castro (3° Período de Ciências Sociais, revisado e provado pela prof. Drª
Zulene Muniz Barbosa da UEMA)
Antes de iniciar a discussão sobre a obra Ciência e Política: duas vocações, devese destacar a dicotomia tratada. O livro faz uma análise dos pontos de união e dos pontos de cisão entre o cientista e o político. Diante dessa dicotomia tem-se: que ambos, cientista e político, buscam estas profissões não para trabalhar, e sim viver às custas do contribuinte, por meio do Estado. No entanto o cientista acredita que o seu ócio é produtivo, que aquilo que estuda em algum momento vai contribuir para a sociedade que o sustenta; já o político nem nisso esse acredita. O conselho que Weber dá é que cada um não interfira no perímetro de atuação do outro.
Referente ao primeiro ensaio – A ciência como vocação – nota-se que Weber tem um público direcionado, os jovens que, supostamente, têm vocação para se dedicar à ciência, buscando-a por amor. Há a tentativa incansável de rechaçar as idealizações feitas sobre a ciência e sobre o cientista, assim como a arrogância e o estilo irracional, existente no meio científico da Alemanha daquela época. No combate a essas ilusões é evidente o esforço de
Weber em ratificar a eficácia das explicações sociológicas a respeito das diversas áreas da vida social, com atenção especial àquelas que dão conta dos fenômenos subjetivos. Acreditase que ter ou adquirir a “vocação” para a ciência se dá por meio de um processo racional do sujeito, e vendo esse fenômeno na sociedade moderna entende-se que o mesmo ocorre de forma plural, colocando como opostos a ciência, a religião, a ética e a arte, sendo forças antagônicas. Esse modelo agora exposto está explícito logo no início do ensaio, o autor faz um exame