Ciencias
A fadiga muscular é um mecanismo de defesa reversível que pode acontecer em nosso organismo, em resposta à prática de exercícios físicos muitos desgastantes. O que poucos sabem é que a fadiga não se origina apenas pela falta de energia no organismo. Outros fatores como o acúmulo de subprodutos metabólicos, o sistema nervoso e falha no mecanismo de contratilidade das fibras musculares interferem na potência que o músculo pode gerar frente a determinado esforço. Atua de maneira que restabelece as capacidades de desempenho físico e psicológico do indivíduo, diminuindo assim a capacidade de produção de força. Pode-se dividir a fadiga muscular à fatores centrais e periféricos, sistematizados em fadiga central e fadiga periférica. A fadiga central está relacionada com sensação de cansaço, diminuição da motivação, da atenção e do raciocínio, aumento de distúrbios da coordenação motora periférica, diminuição na função de estruturas nervosas centrais, prejuízos na transmissão de impulsos elétricos da medula espinhal aos nervos motores e prejuízos no recrutamento de neurônios motores. A fadiga central é responsável por uma redução da capacidade de execução de movimentos coordenados precisos igualmente ao estado anterior à fadiga. Do mesmo modo, a fadiga periférica atrai prejuízos à coordenação da atividade motora. Estes prejuízos estão relacionados aos mecanismos que ocorrem na unidade motora e na célula muscular. As causas periféricas da fadiga incluem: prejuízos no desempenho da função dos nervos periféricos; na transmissão da junção neuromuscular; na atividade elétrica das fibras musculares e nos processos de ativação no interior destas fibras. A fadiga periférica pode se estabelecer em dois sítios principais: na junção neuromuscular e na membrana da fibra muscular. Diversos estudos têm demonstrado que a etiologia da fadiga muscular é dependente da intensidade, frequência e duração do exercício físico, bem como das