CIENCIAS SOCIAIS
Resumo
Ao ler e analisar a obra, percebi que Cortella discute de maneira clara e objetiva alguns estudos acerca da relação entre Sociedade e Escola, sempre apoiado nos estudos do Educador e Pedagogo Paulo Freire.
O autor faz uma análise a respeito do que é gerado na escola e da dupla dimensão do professor. Ele também critica o fracasso escolar, e o chama de Pedagocídio. Destaca que a aprendizagem é de mão dupla, que o professor, além de mediador, é simplesmente um transmissor de conhecimentos. Ao mesmo tempo, o autor tem o cuidado de conceituar de maneira clara as ferramentas do professor em sala e a maneira a qual essa troca de conhecimentos deve ocorrer.
“O otimismo ingênuo atribui à Escola uma missão salvífica, ou seja, ela teria um caráter messiânico; nessa concepção, o educador se assemelharia a um sacerdote, teria uma tarefa quase religiosa e, por isso, seria portador de uma vocação.” (p. 131).
O autor conceitua algumas concepções muito presentes no cotidiano pedagógico. Inicialmente fala do otimismo ingênuo que se trata de uma concepção redentora, da visão da sociedade de que a educação seria a principal ferramenta de progresso e desenvolvimento de um grupo. Ou seja, se um determinado povo não tiver educação, não há progresso. É uma concepção que supervaloriza a escola, mas ao mesmo tempo, atribui a ela e ao professor um caráter equivocado, contudo, muito presente no cotidiano pedagógico, o qual Cortella nomeia de “caráter vocacionado”, que é a visão que muitos possuem de que a docência é “[...] como um chamamento missionário e apartada do mundo profissional” (p.132).
Paralelamente o autor cita também o pessimismo ingênuo, o qual caracteriza parte da relação contrária ao otimismo. Nesse caso, a escola é vista como “reprodutora da