ciencias dos materiais
CAPÍTULO
V
CORROSÃO SOB TENSÃO
a, ac - Comprimento da fenda, comprimento da fenda crítico;
K, K1C, KICST – Factor de intensidade de tensões, tenacidade à fractura, limiar de propagação à fadiga e à corrosão sob tensão;
S – Tensão nominal ou remota;
T – Tempo;
Y – Factor geométrico; σced, σc –Tensão local, de cedência; σCST - Tensão limite de corrosão sob tensão:
V.1. INTRODUÇÃO
A corrosão sob tensão é um processo de ruína dos materiais causado pela acção combinada de um meio corrosivo e de uma carga estática aplicada. Em geral, um ambiente corrosivo provoca a nucleação de uma fissura que por acção combinada da carga e da corrosão pode crescer de forma controlada, podendo inclusive originar a rotura da peça. Existem na prática industrial inúmeras aplicações em que o material solicitado por cargas dinâmicas ou estáticas trabalha em meios corrosivos. O ambiente corrosivo facilita a iniciação de fendas que em certos casos podem conduzir à rotura da estrutura. No caso das cargas serem dinâmicas trata-se de um
218
Capítulo V – Corrosão sob tensão
processo diferente que não pode ser tratado do mesmo modo que a corrosão sob tensão. Nesse caso temos um processo combinado de fadiga e corrosão designado por fadiga com corrosão.
A susceptibilidade à corrosão sob tensão depende de várias variáveis, tais como: a composição química, tratamento térmico, microestrutura e temperatura. A influência destas variáveis na resistência à corrosão sob tensão tradicionalmente é estudada através de curvas em que se representa a tensão aplicada em função do tempo de rotura. Estas curvas obtêm-se determinando experimentalmente o tempo de rotura para vários provetes idênticos sujeitos a níveis de carga estática diferentes, imersos no meio corrosivo que está a ser analisado. Através deste tipo de ensaios pode determinar-se o nível de tensão σCST abaixo do qual não se observa a rotura por corrosão sob tensão, que