Ciencias contabeis
O Serviço Social como um Serviço
Introdução
A discussão do papel e natureza do serviço social é um debate constante tanto no meio acadêmico quanto nos setores interventivos da profissão. Seu surgimento e formas de atuação foram questionados durante toda a sua história sob diversos aspectos. Entre outros, se destacam: a instrumentalidade, os objetivos da profissão, seu objeto de trabalho, posicionamento como trabalho produtivo ou improdutivo, a questão de sua constituição como uma especialização do trabalho coletivo, relação com/e processo de trabalho, ou se mesmo a categoria trabalho (em sua forma ontológica) pode ser aplicada ao serviço social. Autores como Marilda Iamamoto, José Paulo Netto, Sérgio Lessa, Yolanda Guerra e Vicente Faleiros são exemplares nestas discussões, as quais se juntam muitos outros teóricos do serviços social.
A vertente Marxista de análise é preponderantemente, se não quase em absoluto, a mais utilizada na análise profissional, dada suas categorias de leitura da realidade que enfocam o trabalho e o modo de produção capitalista, berço da profissão. O desenvolvimento do capital e suas formas de atuação formam o cerne dos estudos de Karl Marx, cuja principal obra neste aspecto, O Capital, é parte integrante da escola de pensamento e das categorias sobre o qual se debate acerca do serviço social. A categoria trabalho como utilizada em Marx e as relações sociais estabelecidas a partir dela, são o fundamento para a compreensão da realidade onde se inserem os assistentes sociais e seu vínculo com os processos de produção.
A questão do posicionamento do serviço social enquanto trabalho ou prática é uma discussão atual que surge pouco após os debates acerca da natureza como trabalho produtivo ou improdutivo realizado pela profissão (Costa, 2000; Iamamoto, 1998; Lessa, 2000). Apesar de fazer referências a estas questões, este trabalho procura abordar o posicionamento do serviço