Problema muito importante: o suicídio, pondo assim a dúvida se a vida vale mesmo a pena. Daí a filosofia ter essa função, descobrir se a vida tem ou não tem sentido, porém a filosofia não tem haver só com os valores, é muito mais que isso. Neste 2º capítulo, apoiam-se numa perspectiva objectivista, naturalista e optimista do sentido da vida. Objetivista, quando o sentido da vida não é dependente da realidade; Naturalista porque se defende uma posição religiosa; Optimista onde é possível viver uma vida com sentido. Ao objectivismo opõe-se o subjectivismo que defende que o sentido da vida depende exclusivamente da satisfação que a pessoa sente. O Homem tem necessidades que são difíceis de satisfazer. A sua satisfação nada alcança a não ser uma condição dolorosa na qual o homem cede ao tédio. Se a vida tivesse em si um valor positivo e real, o tédio seria coisa que não existiria! Nós não temos qualquer prazer na existência excepto quando lutamos muito por algo. Quando tentamos atingir algum objectivo, a isto chamamos de finalidades, há dois tipos de finalidades; as instrumentais e as últimas. Uma finalidade instrumental é apenas um meio para outra finalidade. Contudo, as coisas são mais complexas. Uma finalidade última é uma finalidade cuja razão de ser se esgota em si mesma. Em todos os casos, podemos distinguir as finalidades instrumentais das finalidades últimas. Exemplo: O mito de Sísifo ilustra bem este aspecto, mostrando a ideia geral deste texto. Condenado pelos deuses, Sísifo tem de empurrar uma enorme pedra até ao cimo de um monte. Quando lá chegou, a pedra foge-lhe e rola outra vez pela encosta abaixo, o que o obriga a voltar a empurrá-la, repetindo isto para todo o sempre. A sua existência tem uma finalidade: carregar a monstruosa pedra até ao cimo do monte. Pode-se argumentar que a existência de Sísifo não tem sentido porque nunca consegue atingir a sua finalidade; e é verdade que se o sentido da vida depender exclusivamente de uma dada finalidade que não