Ciencia dos materiais
O metalurgista Harry Brearley conclui o desenvolvimento do primeiro verdadeiro aço inoxidável em seu laboratório de Sheffield, Inglaterra, em 12 de agosto de 1913. Este novo aço, a base de ferro contendo cromo e níquel, resistia aos ataques químicos. Seria utilizado em numerosos campos, notadamente nos usuais faqueiros inox.
Somente em 1911, os pesquisadores alemães P. Monnartz e W. Borchers descobriram a necessidade da adição ao ferro de um mínimo de cromo e a correlação entre o cromo e a resistência à corrosão. Verificaram que havia um significativo aumento da resistência quando pelo menos 10,5% de cromo estava presente. Os dois publicaram também detalhados trabalhos sobre os efeitos do molibdênio na resistência à corrosão.
Harry Brearley, nascido em Sheffield, em 1871, foi nomeado pesquisador-chefe dos Laboratórios Brown Firth em 1908. Em 1912, um pequeno fabricante de canos de revolver pediu a Brearley que tentasse prolongar o tempo de uso das armas, que enferrujavam muito rapidamente. Brearley dispôs a criar um aço resistente à erosão e não apenas à corrosão.
Experimentou ligas de aço contendo cromo. Durante os experimentos, Brearley levou a efeito diversas variações dessas ligas, variando de 6% a 15% de cromo com diferentes medidas de carbono.
Em 12 de agosto de 1913, Brearley produziu um aço com 12,8% de cromo e 0,24% de carbono, sustentando ser o primeiro aço verdadeiramente inoxidável. As circunstâncias em que Brearley descobriu este aço estão cercadas de mitos. Alguns relatam que ele teria jogado o aço no lixo apenas para notar mais tarde se o aço não se enferrujou mais que o dos seus homólogos.
Outros relatos mais plausíveis informam que foi necessário para Brearley causticar o aço com ácido nítrico e examiná-lo com microscópio a fim de analisar sua potencial resistência a ataques químicos. Brearley descobriu que seu novo aço resistia a esses ataques químicos, procedendo a testes com outros agentes, inclusive suco de