Ciencia dos materiais

CAPÍTULO 1

1.0 Introdução

1.1 Plásticos

Os polímeros, base dos plásticos, sempre foram encontrados em estado natural, sintetizados pela natureza. Tal é o caso da celulose que é o principal constituinte da madeira e do algodão. Alguns outros polímeros naturais são as proteínas, a borracha extraída das seringueiras, o alcatrão e as resinas nativas. O homem primitivo usou os polímeros naturais para obter ferramentas e armas, porém só a partir do século passado ele começou a modificar os polímeros para criar plásticos, que no início eram obtidos modificando-se os materiais poliméricos naturais. O primeiro plástico comercial foi o celulóide. No seu estado natural a celulose não se funde e é insolúvel. Tratada com ácido nítrico ela é transformada em nitrocelulose. Esta por sua vez, plastificada com cânfora, origina o celulóide, um plástico semi-sintético, duro, transparente, fácil de ser moldado com o calor. Este material era usado para pentes, botões, películas fotográficas, fibras e até hoje ainda comercializado sob a forma de adesivos e lacas “duco” para pintura de automóveis.
Os plásticos totalmente sintéticos foram introduzidos em1908. O grande químico Dr. Leo Baekeland partindo do fenol e do formaldeido, produziu um polímero sintético comercializado com o nome de “baquelite”. Este material converteu-se em um plástico usual para receptores telefônicos (hoje em desuso), para componentes elétricos e para asas e cabos de panelas. Os plásticos passaram a ser considerados materiais de grande importância, mesmo quando não se compreendia muito bem a sua química.
O conceito de polímero, os mecanismos de formação dos plásticos começaram a ser conhecidos no final da década de 1920-1930. A partir desse momento desencadeou-se a sua proliferação, graças aos conhecimentos adquiridos sobre os princípios da química de polimerização.
A partir de 1950 a descoberta de novos polímeros sintéticos têm aumentado vertiginosamente, com a produção de materiais com