“Cidadão”: uma construção social, histórica, cultural e discursiva
Área do conhecimento: Artes, Letras e Linguística / Teoria e Análise Linguística
“CIDADÃO”: UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL, HISTÓRICA, CULTURAL E DISCURSIVA
Alan dos Santos e SILVA (Especialização em Linguística - FUNESO)
Tiago José da SILVA (Especialização em Linguística - FUNESO)
MSc./doutoranda Jaciara Josefa GOMES (Orientadora – UFPE)
INTRODUÇÃO
Nesse estudo, analisamos discursivamente a letra da música “Cidadão”.
MÉTODOS
A análise é realizada com base no dialogismo bakhtiniano e a proposta tridimensional de análise do discurso de Fairclough (2001).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nossa linha de investigação tomou o discurso como a própria situação que possibilita considerar não só o contexto de enunciação, como também o contexto social em que as vozes são enunciadas. Vimos, por exemplo, o discurso do trabalhador braçal, do pai de família, do imigrante que fugiu da seca e do religioso. Essa última voz meio que surge como redenção, esperança diante de tanto sofrimento. O próprio termo “cidadão” traz não apenas a referência ao homem que habita uma cidade, mas também ao indivíduo que goza de direitos civis e políticos em um Estado.
Cidadão (Composição: Lucio Barbosa)
Tá vendo aquele edifício moço / Ajudei a levantar / Foi um tempo de aflição / Eram quatro condução / Duas prá ir, duas prá voltar / Hoje depois dele pronto / Olho prá cima e fico tonto / Mas me vem um cidadão / E me diz desconfiado / "Tu tá aí admirado?/ Ou tá querendo roubar?" / Meu domingo tá perdido / Vou prá casa entristecido / Dá vontade de beber / E prá aumentar meu tédio / Eu nem posso olhar pro prédio / Que eu ajudei a fazer... / Tá vendo aquele colégio moço / Eu também trabalhei lá / Lá eu quase me arrebento / Fiz a massa, pus cimento / Ajudei a rebocar / Minha filha inocente / Vem prá mim toda contente / "Pai vou me matricular" / Mas me diz um cidadão: / "Criança de pé no chão / Aqui não pode estudar" / Essa dor doeu mais forte / Por que é que eu deixei o norte / Eu me pus a me