Cidade Aditiva e Cidade Formatada
A partir do crescimento orgânico surgem as cidades por adição que evoluem a partir de algo já existente. As acomodações e apoderações do território são constantes e o crescimento torna-se impossível de prever. No entanto o crescimento aditivo utiliza regras idênticas nas relações entre os edifícios, e entre os edifícios e os territórios o que lhe garante uma boa coerência formal. Portanto, o crescimentos orgânico, apesar de espontâneo, não se pode considerar caótico uma vez que se apoia em regras construtivas, estéticas e urbanísticas, o que lhe garante uniformidade As cidades planeadas desenvolvem-se de modo racional, segundo planos geométricos. São cidades novas onde é possível prever o local de construções futuras. Este processo de desenvolvimento urbano é fundamentalmente utilizado na colonização de territórios ou em períodos de forte e rápido desenvolvimento urbano. O processo racional pressupõe uma autoridade que domine as transformações e faça cumprir o plano.
Neste processo, o desenho urbano apoiou-se em esquemas geométricos, pela sua operacionalidade no terreno, logica, espacial e funcional. Temos então uma "cidade formatada". O traçado do plano determinava a distribuição das atividades e as regras da separação entre o espaço publico e privada.
As diferenças entre o crescimento orgânico e racional, ou aditivo e formatado, passam essencialmente pelo modo diferente de produção de espaço, com o ritmo de crescimento e a geometria (ou não-geometria) de traçados. No entanto, ambos os processos utilizam elementos morfológicos de modo idêntico. É o caso do quarteirão, lote, edifício, fachada,