Cidadania no brasil

Capítulo IV

A cidadania após a redemocratização

Neste capítulo o autor faz uma retomada histórica e política do cenário do país após 1985, um momento histórico, quando aconteceu o marco da democracia no Brasil com as eleições diretas para presidente. Para tal analise, Carvalho se vale da teoria de Marshall, autor que definiu as várias dimensões da cidadania dando exemplo do modelo inglês. Surgiu na Inglaterra o primeiro os direitos civis no século XVIII, um século depois teria surgido os direitos políticos. Finalmente no século XX foram conquistados os direitos sociais. É possível constatar que a cidadania se desenvolveu mais rapidamente em países onde a educação popular foi introduzida. Assim, trata – se de um fenômeno histórico com caminhos distintos em vários países, inclusive no Brasil, onde o modelo inglês de surgimento linear de direitos não pode ser aplicado. A Constituição de 1988 foi considerada a Constituição Cidadã por ser a mais liberal e democrática que o Brasil já teve. A morte de Tancredo Neves marcou a retomada da supremacia civil em 1985 e se fez de maneira razoavelmente ordenada. Um marco deste período foi à primeira eleição direta para presidente da República de 1960, elegendo Jânio Quadros como Presidente. Outras duas eleições se fizeram tranquilamente, tendo como marco histórico o impedimento do primeiro presidente eleito Fernando Collor de Mello. Apesar dos direitos políticos terem adquiridos uma amplitude nunca antes atingida, a estabilidade democrática ainda não poderia ser considerada como fora de perigo, devido a não resolução dos problemas econômicos mais sérios, como a desigualdade e o desemprego, os problemas na área social, na educação, na saúde e no saneamento persistiram e houve também um agravamento na área dos direitos civis, problemas com segurança individual. Na expansão final dos direitos políticos foi promulgada a Constituição em 1988, que de acordo com Carvalho foi um longo e