CIDADANIA, ETICA, POLITICA
Sabemos também que historicamente esta estratégia levou ao chamado "Estado do Bem Estar Social"(Welfare State) que se efetivou em países do primeiro mundo como França, Inglaterra etc.. E a constituição do "Welfare State" significou um rompimento com uma das idéias básicas do liberalismo clássico e que ressurge hoje com o chamado neoliberalismo: a idéia do Estado Mínimo. A primazia do mercado, tão apregoada pelo liberalismo clássico, reforçou as desigualdades na sociedade e obrigou com o tempo o Estado a intervir com as chamadas políticas sociais para atenuar os conflitos. E isto porque o movimento econômico da modernidade converteu tudo em mercadoria. Este eliminou gradatívamente ou violentamente as formas sociais não-mercantis e tornou o cidadão um mero objeto de troca. Foi esta liberdade total do mercado que se sobrepôs ao político, ao social, que reforçou as desigualdades sociais e obrigou o Estado a intervir. O Estado entrou em cena com o papel de regulador. Desenvolveu, pois, toda uma organização administrativa e jurídica para dar conta desta regulação. Toda uma legislação social surgida neste contexto tentará evitar uma. decomposição do tecido social. Mas esta intervenção, sabemos nós, não foi resultado apenas da vontade do Estado. Foi reivindicada principalmente pelos excluídos no contexto de uma luta social. Isto foi motivado pela exigência de uma maior participação política por parte dos excluídos.
Porém a exigência de maior participação política pode se concretizar através de uma efetiva liberdade política ou cair em reivindicações sociais e econômicas que reforçam um poder enorme do Estado sobre a Sociedade Civil.
A experiência do "Welfare State", nos mostra que a