Armazenagem e movimentação
Atividade Extra Classe
Armazenagem e Movimentação
Paulo Gustavo de Araújo Oliveira
Belo Horizonte
2015
INTRODUÇÃO
Esse estudo avalia a evolução da capacidade de armazenagem no país, faz o balanço com a produção agrícola de cada região, e analisa as influências da dinâmica do agronegócio nacional na questão da armazenagem.
PERFIL DA ARMAZENAGEM NO BRASIL
A partir de 1971, o Governo Federal iniciou uma política de controle da inflação através da criação de estoques públicos de gêneros alimentícios. Tal ação tinha como objetivo minimizar o impacto que a sazonalidade da produção agrícola tinha sobre a economia nacional. Esta medida fez com que a maioria dos grandes armazéns fosse controlados pelo Estado. Contudo, desde a década de 90, após o controle inflacionário, a administração de grande parte da infraestrutura de armazenagem passou à iniciativa privada. O Governo Federal, através da CONAB (Compania Nacional de Abastecimento), tem monitorado os estoques nacionais de granéis pelo Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (CNUA). O histórico de privatizações modificou o perfil proprietário dos armazéns nacionais, fazendo com que o papel da iniciativa privada ganhasse importância.
O Gráfico 1 revela o atual panorama do setor.
Gráfico 1: Propriedade dos armazéns nacionais. Fonte: CONAB.
No Brasil, a infraestrutura de armazenamento de grãos é constituída em grande parte por unidades específicas para armazenagem a granel (silos), que respondem por 78% da capacidade total. Os outros 22% são constituídos por armazéns convencionais, que utilizam sacas e fardos para o armazenamento do produto, apresentando desvantagens na conservação e operações de carga e descarga dos grãos em relação ao sistema de silos. O crescimento do plantio de soja, principal produto agrícola do país, tem contribuído para a expansão do modelo graneleiro de armazéns, que em 2005