Ciclos Regionais Resumo Humberto Mauro
Desde o seu surgimento, o cinema foi tornando-se cada vez mais popularizado e aceito em todo o país. De norte ao sul a produção cinematográfica apresentou-se bastante intensa. Filmava-se de tudo, cine-jornais, reconstituição de casos policiais, episódios históricos, adaptação de obras literárias, documentários, ficções, dramas, romances, etc. Contudo, durante o período mudo, que se estabeleceu no Brasil até o início dos anos 30, filmes foram feitos isoladamente, em várias partes do país. Hoje essas produções são conhecidas como Ciclos Regionais. São produções que possuem vários pontos em comum. Utilizam-se em maior ou menor grau de elementos melodramáticos, expressam uma atitude que tende a valores de exaltação nacionais e de valorização da educação e/ou trabalho. Dente esses ciclos podemos destacar o Ciclo do Nordeste e o Ciclo de Cataguases, sendo esse último um dos mais importantes do Brasil. No Ciclo do Nordeste têm-se muitos filmes realizados, em Recife principalmente, na década de 20. O principal deles e que merece destaque no Ciclo do Recife intitula-se “Aitaré da praia”. Também produzido pela Aurora Filmes, esse filme é baseado num tema regional sobre jangadeiros, considerado o melhor e mais bem acabado filme em 35mm. Mais uma vez temos assim a valorização do sertão e do homem do interior, o brasileiro de raíz. O longo a mais elogiada equipe de protagonistas composta por Ary Severo, Jota Soares, Rilda Fernandes, Almery Steves e direção de Gentil Roiz, considerado o melhor diretor. Apesar de exaltar temas interioranos, os filmes foram responsáveis pelo crescimento da atividade cinematográfica. No boom do Ciclo do Recife foram fundadas diversas produtoras de cinema, como a própria Aurora Filmes, que foi a primeira produtora de fitas de enredo do Nordeste. Outro filme importante do período foi “A Filha do Advogado”, que conta a história do advogado Dr. Paulo Aragão, que antes de seguir para a Europa, conta seu