cavação no cinema brasileiro
A chegada do cinema no Brasil ocorreu de forma diferente da América do Norte e a Europa, sendo um processo muito lento e que demorou anos até que o cinema se integrasse aos hábitos do país. A primeira exibição ocorreu em julho de 1896, no Rio de Janeiro e fez muito sucesso, já no ano seguinte havendo a primeira sala fixa de exibição cinematográfica e em seguida a primeira filmagem brasileira documentada.
Nos dez primeiros anos do cinema brasileiro, apenas sabe-se dos filmes de Afonso Segreto, que junto com seu irmão abriu diversos salões e cafés para exibições, mas o cinema praticamente vegetou no Brasil. O motivo do incipiente mercado cinematográfico era a repetição dos assuntos, a iluminação, o menor prestígio perante o teatro, as poucas e pobres salas fixas de exibição e a precariedade da energia elétrica fornecida por geradores para poucos locais que podiam contar com essa modernidade.
Os primeiros filmes de sucesso foram os dos crimes que assombravam a imaginação popular, e como as histórias já eram conhecidas do público, dispensavam grandes letreiros explicando a narrativa. Também como de grande sucesso, os “cantares” ou “falantes”. Havia também os melodramas convencionais, os dramas históricos, os filmes patrióticos, carnavalescos, religiosos, sátiras políticas e pequenas crônicas de costume.
Porém, a não distinção entre o produto nacional e internacional durou menos de quatro anos, pois nessa segunda fase, a atividade cinematográfica havia se transformado em uma indústria. Produzia-se em série, os filmes se tornavam cada vez mais longos, complexos e caros, o que fez com o que o mercado ampliasse e espalhasse seu produto pelo mundo. O Brasil não atraiu prioritariamente os produtores europeus porque esses procuravam se consolidar nos países mais desenvolvidos, mas em 1912, o mercado mundial incorporou o Brasil e os bons filmes feitos lá fora passaram a ser vistos aqui logo após seu lançamento. Logo, o mercado nacional não