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“A visão de Humberto Mauro” O interesse dos educadores no cinema era possibilidade que este meio poderia oferecer em termos de motivação e atenção dos alunos.
Como coloca Schvarzman, vários tipos de máquinas que projetam imagens nos discursos dos professores como verdadeira causas.
O meio torna-se mensagem, como já observou Marshall Mcluhan.
No entanto, era necessário manter este meio sob o controle daqueles que detinham o saber e que poderiam levar a cultura até o povo.
Cabia às elites letradas conduzir o que seria veiculado pelo cinema, sendo estas capazes de trazer os incultos para a civilização, pela aplicação da ciência e espalhado a cultura nacional pelo país.
Sendo assim, o cinema passava, a ocupar um lugar preciso no projeto de modernização do país e caberia ao INCE centralizar e direcionar o cinema educativo, tratando de resgatar e ensinar pelo cinema os grandes vultos e acontecimentos patrióticos, a biografia dos grandes homens da literatura; da musica músicas, os avanços técnicos e as riquezas naturais não apenas como o berço esplêndido.
De que fala Paulo Emilio Salles Gomes sobre os filmes de cavação dos anos 10 e 20, mas, sobretudo aquelas de aporte e excepcionalidade científica. A natureza entendida não como paisagem ou fruição estética e exótica, mas utilitária. O olhar para esses valores que serão impressos nos filmes não é de ufanismo, embora ele não esteja de todo ausente, mas de civilização.
Patrimônios do passado e do presente à disposição de todo brasileiro.
O cinema como uma nova tecnologia ligada ao progresso científico das sociedades modernas insere-se nesta concepção que define os meios de comunicação de massa como capazes de irradiar a cultura para a população, ainda em formação e deficiente culturalmente. Sendo assim o cinema poderia representar um instrumento de mudança social, de modernização da sociedade, pelas vias da técnica e da ciência.

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