Ciclos de milankovitch

Ciclos de Milankovitch

Na escala de tempo das centenas de milhares de anos, a Terra foi acometida por períodos glaciares e interglaciares. Este avanço e sucessão do gelo, moldando enormes cadeias montanhosas e vales, resultam, muito provavelmente, de forçamentos de natureza astronômica sobre o clima terreste de:
- pequenas variações na excentricidade da órbita da Terra em torno do Sol,
- da variação na inclinação desse eixo relativamente à elíptica;
- e do movimento de precessão do eixo da terra ; Milankovitch mostra que a característica da órbita da Terra e a orientação do eixo podem influenciar no tempo e afetar o clima.
O grau de efeito da insolação varia com a latitude. A obliquidade (inclinação do eixo terrestre) oscila aproximadamente a cada 41 mi anos, e sua influência relaciona-se mais diretamente sobre as regiões polares, sendo mais fraca no equador.
A precessão ocorre em média entre 19 e 23 mil anos extremos em 14 e 28 mil anos. Esta causa um efeito denominado “equador calórico”. As regiões próximas ao equador que recebem maior quantidade de energia proveniente do Sol, causando deslocamentos importantes nos limites entre zonas climáticas adjacentes. Desta maneira, o inverno e o verão são afeados com mesma frequência e amplitude que a precessão, consequentemente alterando as monções e às relações entre evaporação e precipitação.
A excentricidade varia entre órbitas elípticas e órbitas mais circulares, com uma periodicidade de 100 mil anos em média. Esta é responsável pelas mudanças climáticas relacionadas à precessão, sendo mais regulares.
“As variações na razão 18O/16O em conchas de foraminíferos pelágicos dos registros quaternários, muito bem datadas numericamente, principalmente pela excelente correlação com dados paleomagnéticos, e utilizadas como uma medida do volume de gelo terrestre, são uma incontestável evidência da ligação entre os ciclos glaciais e os padrões de insolação (Hays et alii, 1976; De Boer & Smith, 1994). Na