Ciclos biogeoquimicos
Ciclo biogeoquímico do enxofre
O ciclo global do enxofre compreende um conjunto de transformações entre as espécies de enxofre presentes na litosfera (crosta terrestre), hidrosfera (rios, lagos, lagoas e mares), biosfera (conjunto de seres vivos da Terra e seus habitats) e atmosfera (conjunto de gases que envolvem a Terra). Em muitos aspectos o ciclo do enxofre assemelha-se ao ciclo do nitrogênio, com exceção da entrada significativa proveniente da litosfera (crosta terrestre) através da atividade vulcânica e a ausência do processo de fixação biológica do enxofre da atmosfera.
Ele apresenta um ciclo basicamente sedimentar, embora possua uma fase gasosa, porém de pouco importância. A principal forma de assimilação do enxofre pelos seres produtores é como sulfato inorgânico. O processo biológico envolvido nesse ciclo compreende uma serie de microrganismos com funções especificas de redução e oxidação.
A distribuição atual do S nos mais importantes reservatórios da superfície terrestre caracteriza-se pela concentração do elemento em rochas sedimentares e na água do mar. O maior reservatório é representado pelos depósitos sedimentares de sulfeto de ferro, a pirita ou “ouro de tolo” (FeS). Juntamente com o Fe, outras formas importantes de S puderam ser precipitadas junto aos depósitos de pirita, como as de Cu (cobre), Pb (chumbo) e Zn (zinco), os quais constituem as maiores jazidas conhecidas destes elementos, jazidas que são de grande importância econômica. Em segundo lugar, vem os depósitos de SO42-, principalmente o gesso (CaSO4.2H2O). Outro reservatório importante é representado pelos oceanos, os quais regulam o fluxo de sedimentação. A atmosfera e a biosfera (incluindo os solos) concentram quantidades irrisórias de S, quando considerado o seu ciclo biogeoquímico.
As maiores fontes de S para a atmosfera são os sais presentes nos aerossóis marinhos (53% do total),os quais tem uma meia vida na atmosfera