Ciclo do acucar
O ciclo do açúcar no Brasil se organizou a partir do sistema de plantation, o que equivale dizer que se tratava de uma produção realizada em latifúndios (grandes propriedades), monocultor (cultivava apenas um produto) e escravista. Apesar nas grandes propriedades freqüentemente também ser cultivada a mandioca, apenas o açúcar era negociado no mercado internacional, enquanto a mandioca correspondia a uma demanda do mercado interno.
O processo produtivo do açúcar é bastante completo e possuí várias etapas. O ciclo do açúcar, como veremos, é praticamente todo realizado dentro do engenho, como eram chamadas as fazendas que realizavam o ciclo do açúcar.
A primeira etapa da produção do açúcar corresponde ao plantio e a colheita da cana. Depois de colhida, era agrupada em feixes que eram levados da lavoura (espaço do engenho onde a cana era plantada) até a moenda.
A moenda era o espaço no qual a cana era moída mecanicamente e transformada em uma espécie de líquido muito doce e esverdeado, a popular garapa.
Passado pela moenda, o sumo era levado até a casa das caldeiras e depois para a casa de purgar. Nessa etapa do ciclo do açúcar, a garapa era cozida e apurada sob a supervisão do mestre do açúcar, geralmente um trabalhador livre responsável por perceber o ponto de cozimento adequado.
Na etapa posterior, realizada na casa de purgar, o açúcar era disposto em formas, que tinham a sua parte inferior perfurada para que o açúcar pudesse ser depurado. A parte exposta dessas formas era coberta com barro e permanecia nesse estágio por algum tempo. O açúcar era então desenformado, resultando em um enorme “pão de açúcar” como era chamado. Quanto mais próximo da parte inferior, aquela que escorria todo líquido a ser purgado, mais escuro e viscoso era o açúcar. Eram separadas as