Ciclo de vida dos mosquitos
Nas quatro espécies de plasmódios que afetam o ser humano, o ciclo de vida é essencialmente o mesmo. Apresenta uma fase sexuada exógena com a multiplicação dos parasitas em certos mosquitos do gênero Anopheles e uma fase assexuada endógena com a multiplicação no hospedeiro humano. Esta última fase inclui o ciclo que ocorre nas células do parênquima hepático e o ciclo que se desenvolve nos glóbulos vermelhos.
Ciclo de vida do parasita no mosquito: Enquanto os anofelinos machos se alimentam somente de néctar e seiva vegetal, as fêmeas necessitam de sangue em sua alimentação, para o amadurecimento de seus ovos e possibilitar a oviposição. Assim, após uma fêmea do mosquito Anopheles ingerir sangue de um hospedeiro humano contendo as formas sexuadas do parasita, inicia-se uma fase sexuada no interior de seu estômago com a fecundação e formação de um ovo ou zigoto. Posteriormente, o zigoto migra através da camada única de células do estômago do mosquito, posicionando-se entre esta e sua membrana basal. Deste modo, por esporogonia, resultam centenas de formas infectantes (esporozoitas) que migram para as glândulas salivares do inseto, as quais poderão, no momento da picada, ser inoculadas no ser humano.
Ciclo de vida do parasita no homem: Ao picar um animal ou o homem os mosquitos, de um modo geral, injetam uma pequena quantidade de saliva que serve basicamente como um anticoagulante. É nesta saliva que, caso o mosquito esteja infectado, podem se encontrar os esporozoítas. Após a inoculação das formas infectantes, pela picada de um mosquito contaminado, passa-se um breve período de cerca de 30 minutos em que os esporozoitas circulam livres pelo sangue. Neste curto período alguns deles são fagocitados, porém, vários deles podem alcançar o fígado e, no interior das células hepáticas, os plasmódios passam por uma primeira divisão assexuada. Decorridos alguns dias, tendo sido produzidos alguns milhares de novos parasitas, a célula do fígado se