Ciclo de ouro
O Brasil, desde o século XVI, conhecia uma relativa prosperidade mineral: o “ouro de aluvião”, encontrado nas areias e barrancos dos rios. Nesse período, a técnica para obtenção de ouro era rudimentar e mínimo era o equipamento exigido para sua prospecção e exploração: algumas ferramentas, peneiras e alguns pratos de madeira ou estanho. Sendo reduzidas as exigências em técnica e implementos, o capital necessário à mineração aluvional era tão pequeno que, praticamente qualquer pessoa poderia se dedicar à extração aurífera. Como os depósitos auríferos, embora pequenos, eram superficiais, não havia necessidade de uma grande mão-de-obra. Um pequeno número de pessoas, ou mesmo até um único indivíduo, poderia se dedicar à mineração, com razoáveis probabilidades de êxito. Em resumo: a mineração aluvional era uma atividade democrática sem discriminações sociais: qualquer um, rico ou pobre, branco ou mestiço, poderia se tornar minerador.
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