ciclo biologico
O ciclo biológico do T cruzi é heteroxênico e possibilita que o parasito transite por uma fase de multiplicação intracelular (no hospedeiro vertebrado) e extracelular (no vetor). Devido a sua multiplicidade de hospedeiros, o Trypanosoma cruzi pode circular nos ciclos silvestre (gambá-triatomíneo-gambá); peridoméstico (ratos ou cães-triatomíneo-ratos ou cães) ou doméstico (humano-triatomíneo-humano; cães ou gatos-triatomíneo-cães ou gatos).
Na forma vetorial da transmissão, tripomastígotas metacíclicos do protozoário são liberadas junto às excretas dos triatomíneos através da pele lesada ou das mucosas do ser humano, durante ou logo após o repasto sanguíneo. Esse meio de transmissão ocorre exclusivamente no continente americano.
No local de inoculação ocorre a transformação dos tripomastígotas em amastígotas, que se multiplicam por divisão binária simples e em seguida, diferenciam-se em tripomastígotas, causando a lise celular e, por conseqüência, a liberação dos parasitos para o interstício. Estes tripomastígotas circulantes alcançam a corrente sanguínea e podem parasitar outras células de qualquer tecido ou órgão para cumprir novo ciclo celular, serem destruídos por mecanismos imunológicos do hospedeiro ou ainda, serem ingeridos por triatomíneos.
No interior dos vetores, a forma tripomastígota migra e, em seu intestino, converte-se em epimastígota. Esta multiplica-se por divisão binária e origina a tripomastígota metacíclica no reto do inseto.O parasita se mistura às fezes do inseto e, quando em contato com a pele do hospedeiro vertebrado, dá continuidade ao seu ciclo biológico.
Como visto, os vetores são triatomíneos hematófagos, também conhecidos como “barbeiros” ou “chupões”. As espécies mais importantes no Brasil são: Triatoma infestans, T. brasiliensis, Panstrongylus megistus, T. pseudomaculata, T. sórdida.
Incluindo o homem, diversos mamíferos têm sido encontrados naturalmente infectados pelo T. cruzi, atuando com seu reservatório. Os