Ciberespaço
Após a segunda guerra mundial, a preocupação com a criação de registros de memória levou a sociedade a produzir um campo de discussão sobre o perigo de esquecer fatos históricos marcantes. O holocausto e as ditaduras militares são exemplos da criação de inúmeras instituições voltadas para o objetivo de manter em pauta o tema memória.
Quanto mais forte é o apelo para a memória, mais temos a necessidade de esquecer e o medo do esquecimento é o que nos faz produzir meios de memória. Esses meios são como nossas memórias auxiliares que funcionam como compensação para que o indivíduo não precise esquecer.
A digitalização de nossas memórias e a produção de novas informações já em meio digital junto com a fragilidade e a complexibilidade de manutenção dos arquivos no ambiente virtual nos leva a criam um novo conceito ameaçador para o mundo de hoje, denominado amnésia digital, e essa amnesia é o que de tempo em tempo ataca a memória.
Os arquivos digitais podem ser o elemento compensatório da perda de memória, temos que investir na metarrepresentação constante das lembranças armazenadas no ciberespaço.
Ciberespaço: memória ou amnésia? ³
Organização do conhecimento no ciberespaço: a memória é formada pela tensão existente entre lembrança e esquecimento, portanto, selecionar, ou seja, esquecer, é uma ação determinante no processo de construção da memória, seja ela individual, coletiva, documentária concreta ou virtual.
Com o tempo, ficou muito mais fácil de se guardar informações, e a causa dessa inversão, se dá em função de aspectos econômicos da informação e da inovação tecnológica, e com isso, muita coisa que não precisaria ser lembrada, é. Uma solução é usar algo próximo ao que as tabelas de temporalidade representam na gestão de documentos em sua passagem da idade corrente para a permanente. Outro princípio que podemos usar é o do ‘’respect des fonds’’ ou ‘’principe de provenance’’, no sentido de evitar, a partir da qualificação de suas