Ci Ncia Politica 1
Aos poucos, os militares foram se colocando contra a Monarquia, aproximando-os daqueles que já levantavam a bandeira da República. A abolição da escravidão, em 1888, foi o golpe de misericórdia. Os grandes fazendeiros, extremamente dependentes da mão-de-obra escrava, ressentiram-se contra a Monarquia. Esta, por sua vez, isolava-se cada vez mais ao perder, uma a uma, suas forças de sustentação - fossem civis ou militares.
Com a saúde debilitada, o que só alimentava os boatos de que a Monarquia estava à deriva, o imperador ainda tentou incorporar as críticas de seus opositores com a nomeação do visconde de Ouro Preto para chefiar o gabinete ministerial, em julho de 1889. Ouro Preto propôs uma série de reformas políticas e sociais, como por exemplo, autonomia provincial, voto para escolha dos governantes, limite do mandato dos senadores, incentivo à imigração, liberdade de culto, liberdade de ensino. Além disso, buscava restaurar a disciplina no exército. O projeto foi rejeitado pelos deputados, pois a câmara dos deputados era composta por uma maioria conservadora recebendo inúmeras críticas desses setores que ainda sustentavam o Império.
Diante da crescente hostilidade do Exército, Ouro Preto resolveu aumentar os poderes da Guarda Nacional, o que foi recebido como afronta pelos militares. Vários pequenos episódios ocorridos entre julho e novembro de 1889 radicalizaram ainda mais um quadro que já era de grande tensão. Assim, na tarde de 15 de novembro, a câmara de deputados, no Rio de Janeiro, presidida por José do Patrocínio, unida ao exército e com o incentivo do Partido Republicano Paulista, sob a liderança do Marechal Deodoro da Fonseca, declarava extinta a monarquia no Brasil, abrindo espaço para a proclamação da república.
3.3- A reação dos monarquistas
Nesse processo, os monarquistas não tiveram êxito em impedir o crescimento da bandeira republicana. No final do século 19, a Monarquia já dava claros sinais de