Chuva Ácida
O pH das chuvas em situação natural é cerca de 5,65, ou seja, levemente ácido (pH neutro equivale a 7), devido principalmente à dissolução de níveis normais de CO2. No entanto, a combinação de certos poluentes gasosos na atmosfera com os núcleos higroscópicos que geram a precipitação pode resultar na chamada chuva ácida (pH acima de 5,65), contendo ácido nítrico e ácido sulfúrico.
Os poluentes atmosféricos podem ser carregados pelos ventos antes de encontrarem condições propícias para a formação de chuva, sendo assim, a chuva ácida pode atingir locais distantes das fontes de emissão atmosférica poluentes. Trata-se de uma forma de conversão da poluição atmosférica em poluição dos solos e aquática. É muito importante enfatizar que, apesar de dividirmos em compartimentos para que seja mais didática, a poluição do ar, dos solos e das águas está intrinsecamente ligada. Isso porque existem interações constantes entre esses três recursos naturais, sendo que os contaminantes são transferidos e muitas vezes sofrem alterações na sua composição, até mesmo no seu estado físico.
Causas
A chuva ácida é uma variação na acidez da chuva causada pelos gases tóxicos liberados pelas indústrias, como dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2) e do óxido de nitrogênio (NOx), que são, sobretudo, provenientes da queima de combustíveis de origem fóssil como carvão, gasolina, óleo diesel.
A primeira pesquisa realizada sobre a chuva ácida foi feita pelo climatologista Robert A. Smith, na cidade de Manchester na Inglaterra no período inicial da revolução industrial. Esse tipo de chuva possui maior ocorrência em áreas muito industrializadas e em países em pleno desenvolvimento como o Brasil, por exemplo, devido ao crescimento desenfreado e irregular de seu campo industrial. Em seu estado normal, a chuva possui um ph (escala de 0 a 14 para medir a acidez sendo 7 o ph neutro e abaixo ou acima passam a ser ácido e básico respectivamente) de 5,4, quando é