Choque de Civilização
O cientista político norte americano, Samuel P. Huntington com seus estudos desenvolveu teoria denominada "Choque de Civilizações". Depois de publicada a teoria em formato de artigo, o assunto tornou-se polêmico o suficiente para o lançamento de um livro, onde sua tese é apresentada de forma mais enraizada.
Esta teoria discute que as identidades culturais e religiosas dos povos serão as principais fontes de conflito no mundo pós Guerra Fria, indo na "contramão" de alguns teóricos que afirmavam que seriam os estados nacionais as únicas alternativas ideológicas vigentes depois da Guerra Fria. Ou seja, para Huntington os conflitos de grandes proporções não sucederão entre as classes sociais e sim entre os povos pertencentes a diferentes entidades culturais e religiosas.
Os confrontos e disputas religiosas, ideológicas e políticas constantes entre as civilizações Ocidentais e Islâmicas, ocorrem pelo fato das mesmas serem as únicas a possuir desígnios de desenvolvimento e ambições universalistas. Isto demonstra um pensamento de Huntington que afirma que a os choques de civilizações é bem provável de não ter fim.
Esta discussão iniciada por Huntington recebeu inúmeras críticas, algumas afirmando que o teórico estava induzindo confrontos por formular uma possível "profecia", outros afirmam que o mesmo tirou conclusões particulares. Porém, de fato, a teoria na verdade serve de alerta, sendo esta a verdadeira pretensão do autor.
Huntington foi autor de inúmeras obras relacionadas à política e economia, mas foi com a sua teoria "Choque de Civilizações" que o cientista ganhou maior destaque, sendo este um pensamento debatido, analisado e avaliado até hoje, principalmente com os confrontos pós Guerra Fria da atualidade.