Choque das Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial: Recensão crítica

326 palavras 2 páginas
"Choque de Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial" é uma obra redigida pelo conhecido cientista político Samuel P. Huntington. Huntingon nasceu em Nova Iorque em 1927 e deixou a sua marca sendo um economista americano bastante contestado mas muito influente no meio político mais conservador. Formou-se na Universidade de Yale e leccionou em Harvard até 2007. Com a sua obra “Political Order in Changing Societies” marcou a sociedade de então, desafiando as teorias convencionais económicas e de progresso social das democracias recentemente descolonizadas.

Huntington formulou inicialmente a teoria acerca do choque das civilizações em 1993, escrevendo um artigo para a Foreign Affairs. O livro "Choque de Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial" (1996) é a expansão da tese de Huntington e tem como principal fio condutor a origem da política mundial no período pós-Guerra Fria. O professor norte-americano refuta desde logo, na sua obra, a hipótese de que o modelo capitalista liberal democrático e as economias de mercado seriam o único caminho a seguir no pós guerra fria e afirma que o mundo se encontrava num período caracterizado por conflitos culturais e religiosos.

No curso do seu argumento principal e baseando-se em provas circunstanciais, suporta a sua tese da existência de diferentes civilizações e que estas se regem pela sua identidade cultural. Segundo Huntington a nossa sociedade poderia ser repartida em oito civilizações: sínica, nipônica, hindu, budista, islâmica, muçulmana ou árabe, ocidental, lationoamericana, ortodoxa e subsaariana. Algo a realçar nesta tese é a ideia de que as civilizações tanto Ocidental como Islâmica são aquelas com mais importância e posição mundial devido aos seus desígnios de expansionismo e universalidade. Isto resultaria, inevitavelmente, em disputas ideológicas, religiosas, politicas e culturais. Segundo a obra, o nosso decurso histórico basear-se-ia no curso que os choques civilizacionais tomariam e não teria fim

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