China,Cuba e Coreia do Norte
China
O país começou a se preparar para a abertura econômica em 1978, quando o então líder Deng Xiaoping trocou os dogmas de Karl Marx pelos de Adam Smith e deu uma guinada que incluiu a abertura de zonas comerciais nas províncias costeiras, aumento de investimentos estrangeiros e liberalização do comércio e do mercado agrícola, tendo como ingredientes fartos subsídios, mão-de-obra barata e repressão brutal à oposição. Foi quando sob o bordão “Enriquecer é glorioso”, o então país de Mao começou a experimentar os desafios e prazeres da livre iniciativa na economia.
A rapidez do crescimento econômico da China impressionou. Nos últimos 25 anos, depois da abertura econômica, 400 milhões de chineses passaram para o lado bom da linha de pobreza e se tornaram consumidores de produtos modernos. No mesmo período, o PIB da China aumentou 5 vezes e as exportações saltaram de 20 bilhões para mais de 300 bilhões de dólares em 2002. E a tendência é crescer mais. Só nos primeiros noves meses de 2003, o país já registrou um aumento de 32,3% nas exportações e a economia acumulou um crescimento de 9% - um percentual invejável para qualquer nação do mundo.
Um dos setores mais prestigiados é o automobilístico. Em outubro, a Ford americana anunciou um reforço de 1 bilhão de dólares em seus investimentos no país para os próximos anos.
Apesar do acelerado crescimento econômico, o maior desafio dos chineses é a desigualdade social. Dois terços dos chineses vivem em áreas rurais muito pobres e a renda per capita é compatível com as piores do terceiro mundo. Nos centros urbanos da China, o salário varia de 30 a 80 dólares mensais e a renda per capita é de 760 dólares anuais. No campo, onde vivem 900 milhões de chineses, ganha-se menos de 250 dólares por ano.
A mão-de-obra barata é o grande chamariz para a entrada de capital externo. Na maioria das regiões da China, o salário, por exemplo, na linha de montagem é de menos de 2 reais por hora. Um operário brasileiro