cHECK UP
A tradicional batelada de exames está sendo substituída por testes mais direcionados ao perfil de cada paciente, aumentando a eficácia da avaliação
KÁTIA STRINGUETO
Há uma hora em que a palavra check-up começa a martelar no ouvido. Ou porque está na hora de fazer um ou porque é preciso repetir os exames que não se fazem há tempos. Mas, antes de escolher onde fazer, melhor é pensar em como fazer. Isso porque o check-up evoluiu. E não foi o número de exames que aumentou. Pelo contrário. A evolução está no fato de o check-up estar se tornando cada vez mais personalizado. Nada de bateladas de testes indiscriminados. A tendência agora é direcionar o paciente para exames específicos de acordo com sua idade, antecedentes familiares, sexo e histórico de vida. Um homem de 30 anos, por exemplo, não precisa fazer os mesmos exames de um de 40, que não necessariamente fará os mesmos que um fumante. Essa obviedade não estava tão clara até pouco tempo atrás, quando se acreditava que, para rastrear o máximo de mazelas no corpo, todos deveriam passar por uma investigação laboratorial completa.
Ao mesmo tempo, a própria concepção de check-up se amplia para além do diagnóstico. O objetivo é fazer com que os exames avaliem o perfil e os riscos de cada pessoa, mesmo as que não estejam doentes, para orientá-las a adotar hábitos que atenuem os riscos ou ajudem a tornar a saúde ainda melhor. Nessa semana, um exemplo dessa nova abordagem entrará em funcionamento. Será inaugurado o Centro de Check-up e Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/SP). "A idéia é atender a pessoas que não estão precisando de um médico por causa desta ou daquela doença apenas, mas também as que querem saber como anda a saúde geral e, a partir daí, indicar caminhos para melhorar um pouco mais", define o idealizador do centro, Milton de Arruda Martins, professor titular de clínica médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Uma das pioneiras nesse