Chapada Diamantina
A criação e ocupação das cidades e vilas da Chapada Diamantina é fruto direto da exploraçào do diamante. Antes da descoberta desta pedra preciosa a região era vagamente povoada e ainda comandada pelo índios Maracás, que respondiam com violência à chegada de estranhos. A agropecuária praticada nas grandes fazendas era a atividade econômica principal.
Em 1710, com a descoberta de ouro no sul da Chapada (próximo ao rio de Contas Pequeno) e a consequente chegada de bandeirantes e exploradores vindos de outros pólos mineradores, começou a colonização da região.
Não se sabe ao certo quando o diamante foi encontrado pela primeira vez na Chapada Diamantina. Com as tentativas do governo português de controlar e até impedir a exploração de pedras preciosas no Brasil para evitar a queda de preços no mercado internacional e garantir o pagamento do quinto, certamente essa atividade certamente já existia antes das explorações regulamentadas.
Em 1844, com o anúncio da descoberta de diamantes muito valiosos próximo ao rio Mucugê, começou a corrida pela pedra na região. Garimpeiros vindos do Arraial do Tijuco (hoje Diamantina) e locais já em crise devido ao fim do ciclo do ouro puxaram a população itinerante que explorava o Brasil atrás de riquezas. Comerciantes, colonos (responsáveis pelas plantaçòes), jesuítas, contrabandistas e estrangeiros se espalhavam em vilas marcadas pela falta de leis e autoridades oficiais.
É importante destacar também a exploração do carbonato na Chapada Diamantina. Inicialmente desprezado pelos garimpeiros, a partir de 1871 foi disputado a altos preços pelos países europeus, interessados em elementos resistentes para as máquinas e construções que alavancavam a Revolução Industrial.
O esgotamento parcial das jazidas de diamante foi agravada pela descoberta de novas fontes no sul da África, iniciando um longo período de recessão e pobreza. As atividades agropecuárias voltaram a ser a principal fonte de renda e emprego da