CERVO Amado luiz

Francine Celestino dos Santos
Faculdade São Luis – História / 1 º Semestre
Professora: Liamar Tuon – História do Brasil I

CERVO, Amado luiz. Renascimento e descobrimento. Humanidades, V. 8, n. 2, p.139-145, 1992.

“O conhecimento que circula no Ocidente sobre o descobrimento da América compreende duas perspectivas de interpretação: a primeira expõe e analisa a emergência das duas potências ibéricas como propulsoras das navegações e da busca de novas rotas de comércio planetário; a segunda foi desenvolvida a partir do expansionismo europeu que se procurou explicar com base no progresso técnico e econômico.” (p.140)
“O descobrimento da América pode ser perfeitamente vislumbrado de dentro da renascença européia dos séculos XV e XVI. As motivações e os objetivos que esta perspectiva de análise tende a pôr em evidência são outros, e um novo exame da história dos descobrimentos haveria de localizá-los: a vinda de europeus corresponderia à fuga das servidões sociais e feudais, dos constrangimentos morais, das coerções autoritárias sobre o indivíduo, que pesavam como fardos no mínimo incômodos sobrre os ombros dos europeus à época do Renascimento e posteriormente.” (p.140)
“Uma primeira conexão entre o Renascimento e o descobrimento foi estabelecida pela rota dos que podemos chamar de viajantes da liberdade. Desde as grandes navegações do século XIX, começando por aventureiros, conquistadores e sonhadores, críticos, filósofos e literatos, passando por perseguidos de toda sorte, terminando por miseráveis e famintos, a América alimentou as esperanças de vida e foi um refúgio para os anseios de libertação para milhões de pessoas durante quatro séculos. O perfil de três homens do Renascimento, pioneiros dessa aventura, será apontado com a finalidade de ilustrar o argumento, o movimento de fuga para a liberdade, e pouco imporata se dois deles jamais tenham posto o pé nas novas terras.” (p.140)
“Vespucci foi um produto exemplar do Renascimento italiano e sua visão da América