Centro Universit rio Leonardo Da Vinci
Acadêmica: Nathalia Fernanda Rodrigues Marins
Disciplina: Argumentação Jurídica
Professora: Roseli Aparecida Correa
Dir. B
O que eu quero ser quando crescer?
O ambiente já era velho conhecido, amigo do peito praticamente. Uma sala de aula, dezenas de mesas dispostas em fileiras separadas e cadeiras desconfortáveis. Em uma lousa preta, as velhas informações que eu já estava cansada de saber: horário em que poderia entregar o gabarito e horário do fim da prova. Mas na minha cabeça, antes mesmo que me entregassem as folhas de teste, só tinha uma dúvida: e aí, é isso mesmo?
Eis uma pergunta que me fiz pelo menos um trilhão de vezes antes de decidir qual seria meu grande chute final. Publicitária, jornalista, advogada, ou Engenheira Civil? Não é que eu não fizesse a mínima idéia de qual profissão eu iria seguir, acontece que havia pelo menos uma dezena de profissões que eu achava atraente e nas quais me via trabalhando. Aí batia aquela incerteza chata: é isso o que eu quero fazer para o resto da vida? E uma grande confusão se formava em meu pensamento. Com 16 ou 17 anos, você pouco sabe o que quer da vida. A minha vida, pelo menos, havia se resumido até então a: escola, trabalho e minha família. Para falar bem a verdade, a maioria de nós pouco tem idéia de como é o mundão lá fora, aquele real, de gente grande, salários e contas para pagar. No entanto, a pergunta que mais ouvimos durante todos os anos até aqui é uma só: o que você quer ser quando crescer?
Eu “cresci” e continuo sem saber o que eu quero ser. A profissão eu escolhi. Já estou na fase final, com sensação de que a escolha foi certa. Mas decidi assim de supetão. Podendo errar feio e ter que voltar atrás e dizer que fui pelo caminho errado. De vez em quando ainda me bate aquela dúvida: “e aí, é isso mesmo?”. Já me desesperei mais pelas minhas incertezas. Hoje, apenas penso que tudo bem. Talvez eu seja louca de achar isso sensacional. A vida dá a chance de a gente