centenário guerra do contestado
Este mês comemora-se o centenário do início da guerra do contestado. A terceira maior REVOLUÇÃO camponesa da história mundial. Um conflito armado entre a população cabocla, forças do exército e seguranças de uma multinacional americana, numa região, no oeste, rica em madeira, disputada na justiça pelos estados do Paraná e Santa Catarina.
As terras contestadas serviam de passagens para os tropeiros que viajavam entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, eram cobertas com vastos campos e florestas de araucária gigantescas. A população cabocla vivia longe de qualquer infraestrutura.
A Brasil W. Company, uma empresa americana, foi contratada para construir uma estrada de ferro ligando o sudeste ao sul do país. A construção da obra na região do contestado durou três anos.
Em troca da estrada de ferro, o governo brasileiro doou 15 km de cada lado da ferrovia para a empresa americana com o direito a cortar toda a madeira e vender as terras para colonos estrangeiros.
Um Monge, chamado Zé Maria, que andava pela região fazendo benzeduras, virou líder religioso. Ele pregava contra a invasão da empresa americana e por conta disso foi despedido.
Com um grupo de fiéis, fugiu para o município de Irani, na época do lado paranaense. O governo do Paraná considerou o fato como uma INVASÃO e mandou uma tropa para expulsar os sertanejos, mas os militares foram surpreendidos. O coronel da tropa paranaense João Gualberto foi morto.
O conflito com o exercito foi rápido, mas intenso. Durou cerca de meia hora e deixou 23 vitimas fatal, entre elas, o próprio Zé Maria. Após o combate, a empresa americana, intensificou a extração da madeira e a expulsão dos caboclos das terras, para isso, contratou um batalhão de mercenários e jagunços.