Uma Jovem República Velha
O nascimento da República no Brasil ocorreu através de um golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro de 1889. O seu governo e o de seu sucessor, Floriano Peixoto, ficou conhecido como República da Espada.
Com a proclamação da república foi necessário que houvesse uma mudança nos aparatos governamentais. O então Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, instituiu um regime que ficou conhecido como Encilhamento.
A primeira Constituição Republicana do Brasil foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891. Após a promulgação Deodoro continuou como presidente, e Floriano foi seu vice. Por conta de pressões internas e externas, renunciou em 23 de novembro de 1891, dando lugar a Floriano; este, para conseguir o apoio popular tomou medidas para combater os efeitos do Encilhamento, o que não impediu a oposição de realizar movimentos rebeldes como a Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul, e a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro.
Quando essas revoltas cessaram, as oligarquias preparavam-se para assumir o poder. Os paulistas conseguiram eleger Prudente de Morais, dando início à República Oligárquica.
Para garantirem-se no poder, as elites rurais criaram três instrumentos: a política dos governadores, a Comissão de Verificação dos Poderes e a política do café com leite. O coronelismo também era um elemento fundamental para o funcionamento da República Oligárquica.
Economicamente, o Brasil continuou sendo essencialmente agrícola. O cultivo de café, borracha, cacau e cana-de-açúcar eram as principais atividades. No entanto, a concentração de capitais, gerada principalmente pelo próprio café, acabou por contribuir para a expansão da indústria. As cidades eram precárias. O contraste com grandes cidades, como Paris, por exemplo, era evidente; mas com o esforço dos governos, conseguiu-se reduzir – ao menos em parte – a sujeira e tudo aquilo que estivesse fora dos padrões de beleza. Com o crescimento das cidades, a