Censura
Da Imprensa, Rádio e da Televisão
A Censura é a proibição, de forma parcial ou total, da informação dirigida à sociedade.
O seu propósito é evitar manifestações ou tentativas de reflecções contra a ideologia do Estado em vigor.
A Censura em Portugal foi um dos elementos condicionantes da cultura nacional, ao longo de quase toda a sua história. Desde cedo, o país foi sujeito a leis que limitavam a liberdade de expressão, em resultado da influência da Igreja Católica. O poder civil passou, mais tarde, a regulamentar também a publicação de textos escritos. A política do regime do Estado Novo institucionalizou um estrito controlo dos meios de comunicação, recorrendo, à censura prévia dos periódicos e à apreensão sistemática de livros.
A censura procurava também impedir a imprensa e outros meios de difusão de mensagens (pintura, escultura, música, teatro, cinema) que pudessem pôr em causa a ideologia vigente e fomentar a consciencialização para qualquer revolta contra o regime.
O Estado Novo preocupava-se em mostrar a aparência das coisas e não a realidade em si, tanto nos Meios de Comunicação Social nacionais como internacionais.
A censura esteve sempre activíssima em todas as vertentes culturais sendo que o Lápis Azul foi o seu símbolo. Na imprensa periódica, por exemplo, suprimia, alterava, realizava cortes a azul e carimbava os conteúdos informativos que não lhe agradavam, adiava ou impedia a saída de notícias e de imagens subversivas para a ideologia do Estado Novo.
Salazar deixava bem claro o que a Censura deveria cortar: São sempre de submeter á Censura os seguintes casos: criticas ou comentários à acção do Chefe de Estado, Presidente do Concelho e membros do Governo, artigos ou noticiário visando a forma de estrutura política do Estado ou Regime, criticas à politica económica financeira e externa do governo, movimentos de embarques, ataques e criticas à acção das Forças Armadas e de segurança ou das policias. (artigo 7: alinha a);